No passado, a lâmpada halógena com temperatura de cor amarela fazia parte de muitos lares. Entretanto, os anos passaram, o mercado evoluiu e hoje já existem lâmpadas com outras temperaturas de cor, por conta da escala Kelvin.
Neste conteúdo, explicamos o que são as diferentes temperaturas de cor, por que elas são tão relevantes na iluminação de um ambiente e se é possível combiná-las em um único espaço.
Saber disso pode transformar como você ilumina seu lar. Confira e descubra como fazer a escolha certa!
A temperatura de cor se refere à aparência da cor produzida por uma fonte de iluminação, expressa na escala Kelvin (K). Essa escala, proposta pelo físico irlandês Lord Kelvin em 1864, mede a tonalidade da luz emitida por uma lâmpada, sendo classificada em três categorias:
Quanto menor a temperatura de cor, mais quente é a luz; quanto maior, mais fria.
É importante esclarecer que a temperatura de cor não tem relação com a temperatura física e não indica a eficiência energética da lâmpada. Por exemplo, duas lâmpadas podem ter temperaturas de cor diferentes, mas a mesma potência, consumindo a mesma quantidade de energia elétrica.
Lâmpadas com temperatura de cor quente, entre 2700K e 3500K, são indicadas para ambientes de descanso e relaxamento, como salas de estar, jantar e quartos.
Esses espaços têm como objetivo promover a socialização e a tranquilidade, criando um local propício para descontrair e aproveitar momentos sem a preocupação de realizar tarefas.
A temperatura de cor neutra, que varia de 4000K a 5500K na escala Kelvin (K), é uma opção versátil para cômodos que não exigem atenção extrema.
É ideal para locais como cozinhas, banheiros, escritórios e espaços de leitura ou estudo, onde um certo foco é necessário, mas não tanto quanto em ambientes como hospitais.
Por último, temos a luz branca, ou luz fria, com temperatura de cor entre 5500K e 6500K na escala Kelvin (K).
Essa luz é recomendada para locais que exigem atenção, concentração e foco, como hospitais, indústrias e farmácias, onde “enxergar bem” é fundamental para a realização de tarefas com precisão.
Em ambientes domésticos, a luz branca é pouco utilizada devido ao alto contraste que cria em relação aos objetos, o que pode ser desconfortável.
No entanto, ela pode ser empregada com tranquilidade na área de serviço. Assim, luzes quentes e neutras são as preferidas para a maioria dos espaços residenciais.
Importante: usamos o mesmo ambiente como exemplo em todas as temperaturas de cor para ser possível perceber com mais facilidade a diferença entre elas.
O principal motivo para escolher a temperatura de cor adequada para cada cômodo do seu lar é respeitar as necessidades biológicas do seu corpo, especialmente o ciclo circadiano.
De acordo com informações do site da Unimed, o “[…] ciclo circadiano é o nome dado ao ritmo em que o organismo realiza suas funções ao longo de um dia. Embora ele também se relacione a fatores como temperatura e atividade física ou social, o elemento que exerce maior influência no ciclo circadiano é a luz.”
A luz solar varia de cor ao longo do dia: pela manhã, é mais laranja/amarelada; ao meio-dia, torna-se um tom branco e claro; e no final do dia, volta ao laranja/amarelo.
Essa mudança impacta nosso corpo. Pela manhã, a luz do sol estimula a produção de cortisol, que nos mantém alerta.
À medida que o dia avança e o sol adquire um tom mais amarelado, começamos a nos sentir sonolentos, pois o corpo inicia a produção de melatonina, o hormônio do sono.
Ao utilizar uma lâmpada com temperatura de cor quente no seu quarto à noite, como ao ler ou arrumar algo, você favorece o relaxamento e ajuda o corpo a “desligar”, preparando-o para uma noite calma de sono.
Por outro lado, se optar por uma lâmpada com temperatura de cor fria, pode não perceber imediatamente, mas enquanto seu corpo pede uma luz mais suave e quente para iniciar a produção de melatonina, você estará exposto a uma luz intensa e desconfortável.
Isso pode afetar tanto o tempo que levará para dormir quanto a qualidade do seu sono.
Assim, ao escolher lâmpadas e luminárias em casa, considere o momento de uso e as atividades efetuadas em cada local. Dessa forma, você poderá explorar melhor a iluminação enquanto respeita as necessidades biológicas do seu organismo.
Não existe uma temperatura de cor ideal, pois cada ambiente de uma casa ou imóvel comercial demanda uma temperatura diferente.
Contudo, para a maioria dos espaços de um lar, a temperatura de cor quente é a mais adequada, pois é indicada para cômodos de descanso e lazer.
Sim. Você pode usar mais de uma temperatura de cor no mesmo ambiente, porém elas precisam ser temperaturas próximas. Vamos aos exemplos?
Como você viu ao longo do conteúdo, a temperatura de cor faz toda a diferença em nosso dia a dia, principalmente na iluminação que podemos “escolher e ajustar”, como a iluminação artificial.
Não há segredo para acertar na iluminação dos cômodos da sua casa. Para espaços de descanso e lazer, aposte em luzes quentes. Já para locais onde você realiza tarefas que exigem atenção, a luz neutra é a mais recomendada, pois não força a visão e garante uma boa luminosidade.
Ao escolher lâmpadas e luminárias com a temperatura de cor ideal para cada situação, sua casa se tornará ainda mais confortável e agradável.
E, já que estamos falando de iluminação, não deixe de conferir nosso blog post sobre Luz direta, luz indireta e luz difusa: como usá-las em casa?
_______
Conteúdos relacionados:
Cada vez mais, o mercado de iluminação evolui para oferecer aos consumidores peças que não…
Manter a saúde em dia sem seguir uma rotina fitness pode ser um desafio, especialmente…
À medida que a chegada do bebê se aproxima, mamães e papais começam a preparar…
A ducha para piscina é uma ótima opção para tornar a área externa mais agradável…
A escolha da cuba de banheiro vai muito além da estética. É fundamental analisar o…
Elegante e moderna, a sala com pé-direito alto tem se tornado uma tendência cada vez…