À medida que a chegada do bebê se aproxima, mamães e papais começam a preparar o quarto com todo o cuidado. Um berço confortável, uma poltrona de amamentação, uma cômoda para trocas de fralda e outros elementos essenciais fazem parte desse ambiente.
No entanto, um ponto fundamental muitas vezes pode ser deixado de lado: a iluminação para quarto de bebê.
Nichos com LED para destacar objetos decorativos, plafon no teto e abajures para auxiliar nos momentos de amamentação, são opções comuns que compõem essa iluminação.
Contudo, mais do que uma questão estética, a escolha das fontes de luz precisa ser criteriosa, já que alguns detalhes podem afetar o sono e o bem-estar do bebê.
Pensando nisso, ao longo deste conteúdo apresentamos dicas para ajudar você a criar uma iluminação funcional e saudável para o quarto do neném. Confira!
A primeira e mais importante dica para acertar na iluminação para quarto de bebê é escolher a temperatura de cor correta para as luminárias que serão usadas. Mas, antes disso, é fundamental entender o que é a temperatura de cor.
A temperatura de cor se refere ao tom de luz que uma fonte luminosa emite, e é medida em uma escala chamada Kelvin (K).
Desenvolvida pelo físico Lord Kelvin em 1864, essa escala define a tonalidade da luz de acordo com sua temperatura de cor, que pode variar entre quente, neutra e fria.
De forma geral, as opções mais comuns no mercado são divididas em três categorias:
Quanto menor a temperatura de cor (em Kelvin), mais quente é a luz, com tons amarelados e aconchegantes. Já quanto maior a temperatura, mais fria é a luz, com tons mais brancos e energizantes.
Vale lembrar que a temperatura de cor não tem relação com o calor físico da lâmpada, apenas com a aparência da luz.
Agora que você entende o básico, exploraremos como a temperatura de cor pode impactar no organismo e no quarto do bebê.
A decisão da temperatura de cor na iluminação para quarto de bebê vai além da estética: ela deve respeitar as necessidades biológicas do organismo, especialmente o ciclo circadiano.
Segundo o site da Unimed, o “[…] ciclo circadiano é o nome dado ao ritmo em que o organismo realiza suas funções ao longo de um dia. Embora ele também se relacione a fatores como temperatura e atividade física ou social, o elemento que exerce maior influência no ciclo circadiano é a luz.”
A luz natural muda de cor ao longo do dia: pela manhã, é mais laranja/amarelada; ao meio-dia, torna-se branca e intensa; e no final do dia, volta a tons laranja/amarelados. Essas variações impactam em nosso corpo.
Pela manhã, a luz mais clara e fria estimula a produção de cortisol, o hormônio que nos deixa alerta. Ao anoitecer, a luz mais quente e suave contribui para a produção de melatonina, o hormônio do sono, preparando o corpo para o descanso.
Dessa forma, para criar um ambiente adequado para o bebê, é essencial utilizar luzes artificiais que respeitem esse ciclo.
No local de trabalho, por exemplo, usa-se luz neutra ou fria (4000K a 5000K) para manter o foco. Já em casa, ao final do dia, os cômodos como a sala e o quarto devem ter luz amarelada (2500K a 3500K), que favorece o relaxamento e a produção de melatonina.
Contudo, é importante notar que os bebês não produzem melatonina desde o nascimento, e esse processo se desenvolve com o tempo. Falaremos mais sobre isso no próximo tópico.
Segundo o site Cradlewise, embora o ciclo circadiano esteja bem definido em adultos, isso não acontece com os bebês.
Nos primeiros três meses, o bebê ainda não distingue entre dia e noite, pois seu corpo não produz cortisol pela manhã nem melatonina à noite. Nessa fase, o leite materno é uma das principais fontes desses hormônios para o bebê.
Conforme o bebê é exposto adequadamente à luz do dia e da noite e seu corpo amadurece, ele começa a produzir melatonina por volta dos quatro meses.
Ainda assim, é essencial tomar cuidado com o tipo de luz ao qual o bebê é exposto. Luzes azuis ou brancas (frias) podem prejudicar a produção de melatonina, pois o corpo as interpreta como luz do dia, dificultando o sono.
O ideal é optar por lâmpadas com temperatura de cor quente, como luzes amarelas e vermelhas.
Como explica o site Taking Cara Babies, “[…] a luz vermelha é menos prejudicial à produção de melatonina do nosso corpo. […] Embora a luz vermelha não necessariamente ajude os bebês a dormir, ela é a melhor opção ao escolher uma luz noturna para não atrapalhar o sono deles […]”.
No mercado, algumas lâmpadas são vendidas como “luz vermelha”, mas é importante verificar a temperatura de cor nas especificações do produto.
Prefira modelos com temperatura entre 2500K e 3500K, que são as mais comuns para uma iluminação quente e suave.
Por fim, a melhor luz para a produção de melatonina é a ausência de luz. Quando anoitece, a escuridão natural ajuda o corpo a relaxar e a produzir melatonina, facilitando o sono para adultos e bebês.
Embora muitos fatores possam influenciar o sono, qualquer pequena fonte de luz em meio à escuridão total pode chamar a atenção do bebê e afetar seu descanso.
Interruptores inteligentes, réguas de energia, repelentes, aquecedores, umidificadores — todos esses dispositivos costumam ter pequenas luzes indicadoras, geralmente verdes, azuis ou vermelhas.
Uma dica simples é cobrir essas luzes com fita isolante ou uma fita escura para bloquear a luminosidade.
Se, mesmo assim, o bebê continuar acordando à noite, então a luz provavelmente não é o problema, e pode ser necessário considerar outras causas, como fome ou desconforto.
Após definir a temperatura de cor, o próximo ponto a analisar é o tipo de iluminação desejada para o ambiente. Os principais são: geral, decorativa, de tarefa e natural.
No caso da iluminação para quarto de bebê, a iluminação de tarefa não é tão relevante, pois as atividades realizadas ali geralmente não exigem atenção ou foco intenso. Em vez disso, o espaço deve transmitir calma, tranquilidade e aconchego.
A iluminação geral proporciona uma luminosidade uniforme e homogênea ao quarto do bebê, sendo suave e difusa para equilibrar a luz no ambiente.
Para criá-la, considere painéis de LED, plafons ou perfis de LED com temperatura de cor neutra (4000K) ou, preferencialmente, luz amarela (2700K a 3000K).
Recomendamos a cor neutra apenas na iluminação geral, pois ela pode ser útil para atividades como a organização do quarto.
No entanto, no dia a dia, as luzes decorativas serão suficientes para iluminar suavemente atividades como troca de fraldas e amamentação noturna.
A iluminação decorativa tem como principal função embelezar o local e complementar a iluminação geral. As opções de luminárias para criar esse tipo de iluminação são amplas, incluindo arandelas, luminárias de chão e de mesa, fitas de LED e spots.
Para um quarto de bebê aconchegante, o ideal é que essas peças utilizem luz amarela (2700K a 3500K), garantindo uma iluminação mais leve e acolhedora.
A luz natural é excelente durante o dia (exceto nas sonecas), pois, além de ser gratuita, ajuda a regular o ciclo circadiano do bebê.
Entretanto, evite que a luz solar incida diretamente sobre ele, usando persianas ou cortinas blackout para controlar a intensidade durante as sonecas ou quando a luz estiver muito forte.
A luz natural é indicada para momentos de brincadeiras e descontração, tanto no quarto quanto em outros espaços sociais da casa, como a sala, ou ao ar livre, quando possível.
Além dos tipos de iluminação funcional, também existem os tipos que variam conforme a forma de projeção da luz no ambiente: direta, indireta e difusa.
A iluminação direta é aquela emitida sem barreiras ou filtros, resultando em luz intensa e com sombras bem definidas, o que pode ser desconfortável aos olhos.
Devido a essas características, é ideal para destacar objetos e criar uma iluminação focada, como para leitura.
No entanto, esse tipo de luz não é indicado para o quarto do bebê, pois pode chamar a atenção dele sem necessidade. Spots, pendentes, luminárias de mesa e de piso são exemplos comuns de luminárias que utilizam iluminação direta.
A iluminação indireta ocorre quando a luz é direcionada para uma superfície, como teto ou parede, e ilumina o espaço de forma refletida.
Essa é a opção mais recomendada de iluminação para quarto de bebê, pois é suave, não agride os olhos, nem chama excessivamente a atenção do bebê, evitando desconforto visual.
As luminárias que proporcionam esse efeito incluem sancas de gesso com fita de LED, plafons, pendentes e arandelas.
A luz difusa também é suave, mas é emitida através de um filtro (como acrílico ou vidro) que suaviza a intensidade, deixando a iluminação mais sutil.
Esse tipo de luz é versátil e pode ser usado tanto para iluminação geral quanto decorativa, garantindo boa luminosidade sem incômodos.
Luminárias que oferecem luz difusa incluem plafons, pendentes, perfis de LED, painéis de LED, além de algumas luminárias de mesa e de chão.
A dimerização é uma excelente aliada nas rotinas noturnas, pois permite reduzir a intensidade luminosa de lâmpadas e luminárias via dimmer de interruptor, controle remoto ou aplicativo.
O modelo mais comum é o dimmer rotativo, similar ao de ventiladores de teto, mas há diversas opções para ajustar a luz conforme a necessidade.
Esse recurso traz conforto e versatilidade, possibilitando criar cenas com diferentes tipos e tons de luz no quarto do bebê.
Por exemplo, ao instalar um plafon com luz neutra (4000K) para iluminação geral, você pode suavizar a intensidade com o dimmer para criar um ambiente mais tranquilo.
Um abajur próximo à cadeira de amamentação também pode ter sua luz reduzida após o bebê adormecer, ajudando na produção de melatonina.
Vale lembrar que nem todas as lâmpadas ou luminárias são dimerizáveis. Verifique nas especificações, procurando termos como ‘dimerizável’, ‘DIM’, ‘regulável’, ‘atenuadores’, ‘dimmable’ ou o símbolo correspondente (imagem abaixo).
Como você viu, alguns cuidados são essenciais na iluminação para quarto de bebê, como escolher uma temperatura de cor que não afete a produção de melatonina (o hormônio do sono) e optar por fontes de luz difusas e suaves.
Esperamos que essas dicas ajudem você a decorar e iluminar o quarto do seu bebê, proporcionando as melhores sonecas e noites de sono.
Para saber mais sobre dimerização, confira nosso post: Dimerização: saiba o que é e as vantagens de usar na iluminação.
Você também deseja ter acesso a uma água cristalina, sem odores, sabores desagradáveis e livre…
Você já ficou sem banho por causa de um corte de energia, problema no sistema…
Sumário 1 Para calcular a iluminação de um cômodo conheça alguns conceitos básicos1.1 Fluxo luminoso1.2…
A torneira para banheiro é essencial nesse ambiente, pois permite que realizemos algumas atividades do…
A decoração da casa de praia exige atenção especial, já que o objetivo geralmente é…
Sonho de consumo para muitos, a torneira gourmet oferece praticidade e funcionalidade à cozinha. Embora…