A tarifa de energia costuma causar sustos no início do mês, principalmente quando há escassez hídrica ou quando precisamos lidar com temperaturas extremas, como muito calor ou muito frio.
A verdade é que diariamente procuramos meios de economizar energia elétrica, mas não é toda mudança que faz realmente diferença no preço dela.
Nesse sentido, para te ajudar, separamos 8 dicas que podem impactar na sua fatura de energia elétrica. Algumas delas parecem pouco efetivas, mas acredite que até mesmo os pequenos ajustes, aliados à constância, podem ajudar.
Continue a leitura e descubra o que você consegue fazer ainda hoje!
1 Para economizar energia elétrica desconecte o que não usa
A primeira dica para economizar energia elétrica pode ser óbvia e não impactar tanto no valor final da sua fatura, porém a longo prazo e, nas pequenas mudanças, a economia vem.
Tudo que tiver uma luz pequena e insignificante, como a televisão desligada, mas com aquela luz que sinaliza que ela está conectada na tomada, consome energia.
O relógio no display do micro-ondas, que funciona 24 horas por dia ou mesmo o aparelho, por ficar ligado na energia, também gasta. Da mesma forma, o modem da internet, na hora que for dormir, desconecte da tomada, pois ele também está utilizando energia.
Sabe o celular? Se você esquecer o carregador ligado na tomada, sem estar carregando, ele também puxa energia, como se o celular estivesse conectado. E ainda, caso você não saiba, carregar o celular desligado é mais rápido do que com ele ligado, ou seja, você economiza energia também se carregá-lo desta forma.
É normal deixarmos a assistente virtual Alexa conectada na tomada direto, mas como ela é um eletrônico, também consome uma certa quantidade de energia elétrica.
Ou seja, tudo que necessita de energia para funcionar e você não está usando, desligue da tomada. De pouco em pouco também se tem resultado.
2 Instale um aquecedor a gás
O aquecedor a gás é uma ótima escolha para reduzir o consumo de energia elétrica, pois fornece água quente para os aparelhos que normalmente gastam bastante energia: chuveiro elétrico e torneira elétrica.
Investir no projeto do aquecedor, bem como, no equipamento, pode pesar um pouco no orçamento no início, mas com certeza a médio e longo prazo ele garante um bom custo-benefício.
Com ele você pode optar por uma ducha fria e, por meio de um acabamento para registro duplo comando, por exemplo, regular entre a água quente (vinda do aquecedor a gás) e a água fria para obter a temperatura ideal.
E aqui vai uma dica bem importante relacionada ao uso do aquecedor a gás: como a temperatura da água quente é regulada direto no aquecedor, normalmente as pessoas selecionam uma temperatura bem quente e depois deixam para misturar com a água fria por meio do acabamento para registro.
Ao fazer isso, você paga o gás para aquecer a água bem quente, quando, na verdade, você utiliza ela morna. Então, ajuste direto no aquecedor em uma temperatura agradável e depois no chuveiro acrescente ou não a água fria.
Além disso, uma dúvida comum é se o gás é mais barato do que a energia elétrica. Existem algumas variáveis que pesam nessa análise, mas a grosso modo ele é, sim, mais em conta do que a energia.
Vale lembrar que o aparelho em si não faz milagre, como usamos e quanto tempo utilizamos também faz diferença.
3 Troque todas as lâmpadas por lâmpadas de LED
As lâmpadas de LED são opções interessantes quando o assunto é economizar energia elétrica, pois contam com inúmeros benefícios se comparadas às lâmpadas halógenas, aquelas amarelinhas com o bulbo de vidro transparente que todo mundo já teve em casa.
E para tornar essa diferença visível, falamos a seguir sobre um modelo de cada tipo de lâmpada.
| Modelo | Potência | Fluxo Luminoso | Vida útil |
| Lâmpada Halógena Taschibra A55 100W E27 2700K Luz Amarela | 100W | 1820 lúmens (220V) 1980 lúmens (127V) | 1.000 horas |
| Lâmpada Led Taschibra TKL 100 17W E27 Bivolt | 17W | 1507 lúmens | 25.000 horas |
A lâmpada halógena é mais potente do que a lâmpada de LED, porém quando analisamos os lúmens, quanto maior esse número, mais clara será a luz emitida pela lâmpada.
Então, por mais que a lâmpada halógena tenha um fluxo luminoso maior, a lâmpada de LED não fica muito para trás. Ou seja, ela consegue oferecer uma boa luminosidade.
Além disso, a lâmpada de LED, dependendo do tipo, pode ser bem mais cara do que a halógena, contudo, sua vida útil supera.
Se colocar no papel, você vai notar que precisa de várias lâmpadas halógenas para atingir a vida útil de uma única lâmpada de LED.
Nesse sentido, o preço não deve ser o único ponto a pesar na decisão. Claro que provavelmente você precisará investir bastante para trocar todas as lâmpadas do seu imóvel por modelos de LED.
Contudo, só o fato delas durarem em média 25.000 horas, consumirem menos energia e entregarem praticamente a mesma luminosidade que as opções comuns, já faz com que elas valham muito a pena.
4 Não fique na suposição, calcule o consumo de energia
Que alguns eletrodomésticos e aparelhos consomem mais energia do que outros nós sabemos. Agora, quanto que de fato cada um agrega na conta de energia, talvez você não saiba.
Desta forma, o ideal é listar todos os equipamentos utilizados na sua casa e suas respectivas potências para descobrir, através do cálculo, quanto cada um gasta.
A conta tem por objetivo indicar o consumo de energia em kWh, então verifique qual é a potência (W) do aparelho, multiplique pelo tempo de uso em horas (h) e divida o resultado por 1000.
Exemplo: um ferro de passar roupa de 1200W de potência, suponhamos que você utilize 2 horas por dia. Se multiplicar 1200W x 2h = 2400W / 1000 = 2,4 kWh. Para descobrir o consumo mensal, basta multiplicar o consumo diário, 2,4 kWh, pelo tanto de dias que ele foi usado.
Se você utilizá-lo 10 dias no mês, por exemplo, irá consumir 24 kWh. E claro, para saber quanto que esse valor representa na sua fatura de energia, multiplique o consumo em kWh pela tarifa de energia da sua cidade/região.
A partir do momento que você sabe exatamente quanto que cada equipamento consome, é possível equilibrar o uso, até mesmo do chuveiro, com banhos mais rápidos e menos quentes e em horários que não gaste tanta energia, por exemplo.
5 Escolha aparelhos com alta eficiência energética
A eficiência energética, no caso de eletrodomésticos e eletrônicos, é a capacidade desses produtos funcionarem com menos energia possível.
E para saber se eles são eficientes ou não, existe o Selo Procel de Economia de Energia, que indica ao consumidor os produtos com os melhores níveis de eficiência energética dentro da sua categoria.
Caso você queira adquirir um aquecedor a gás, por exemplo, vale mencionar que existe um selo específico para mensurar o uso eficiente de combustíveis por fogões, aquecedores de água a gás e carros: o Selo CONPET.
Nesse sentido, quando você se deparar com um forno elétrico ou um aquecedor a gás, e eles tiverem o Selo Procel e Selo CONPET, respectivamente, significa que ambos são os mais eficientes das suas categorias, sendo normalmente aqueles que recebem a classificação A na etiquetagem do Inmetro.
Essa etiqueta do Inmetro classifica os aparelhos em mais ou menos eficientes, indo de A (mais eficiente) até E (menos eficiente).
Desta forma, fuja de equipamentos que tenham eficiência energética abaixo da letra B, pois com certeza eles irão impactar negativamente na sua conta de luz.
6 Verifique o relógio de luz
São poucos que lembram que o relógio de energia pode apresentar algum problema ou mesmo que alguém pode estar roubando a energia, o famoso gato.
Nesse sentido, é fundamental que você faça um teste para identificar se há escapes de luz ou mesmo se existem fios extras levando sua luz para outro lugar.
Para fazer isso, desligue tudo da tomada, inclusive o disjuntor geral e tire uma foto do seu relógio de energia. Aguarde algumas horas e depois vá até o relógio e tire outra foto. Compare e veja se há diferença no gasto e, principalmente, se o relógio está rodando com tudo desligado.
Se estiver, significa que existe um escape de energia elétrica na sua casa ou até mesmo um gato. Nesses casos o ideal é contratar um profissional capacitado para avaliar e direcionar a melhor solução.
Essa dica do relógio é simples, porém importante, já que não adianta você colocar em prática todas as outras dicas se há algum problema na fiação elétrica da sua casa, por exemplo.
7 Fique atento às bandeiras tarifárias
De acordo com informações da ANEEL, as Bandeiras Tarifárias correspondem ao […] Sistema que sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. Para tanto, as cores das Bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.
Ainda conforme dados da ANEEL, entenda o que significa cada cor e quanto custa:
- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo
- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos
- Bandeira vermelha — Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03971 para cada quilowatt-hora kWh consumido
- Bandeira vermelha — Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Na prática, quando a bandeira está verde, significa que as hidrelétricas estão cheias e o volume de chuvas é adequado, mantendo-se a tarifa normal.
Agora, quando a bandeira é amarela ou vermelha, significa que o nível de água nas hidrelétricas é baixo, há pouca chuva e é necessário ativar as usinas térmicas para dar conta da demanda.
Entretanto, o custo de operação delas é maior, precisando, dentre outros fatores, agregar na tarifa o preço da bandeira tarifária do momento.
Importante: A informação da bandeira tarifária em vigor você consegue conferir atualizada na sua fatura de energia.
E o que fazer com essa informação?
No caso da bandeira tarifária verde, não significa que você pode gastar energia à toa, pelo contrário, é um bom momento para equilibrar e reduzir o consumo onde é possível.
Nas situações em que a bandeira for amarela ou vermelha, você pode adotar certas mudanças para garantir que sua conta não dará um salto muito grande, fora do preço que você já está acostumado a pagar.
Ou seja, conferir ocasionalmente a bandeira tarifária não ajuda a economizar energia elétrica diretamente, mas contribui para que você tenha cautela no uso e clareza quanto ao que está sendo cobrado.
8 Utilize a luz natural
Usar a luz natural ajuda a economizar energia elétrica, principalmente no verão, que é claro até mais tarde em algumas regiões do Brasil.
Nesse sentido, se você está em casa durante o dia, aproveite para abrir bem a casa e deixar a claridade entrar.
E claro, se você trabalha em casa, vale a pena encontrar um local iluminado para colocar uma mesa e uma cadeira sem precisar deixar a luz acessa o dia inteiro.
Na correria do dia a dia e durante os afazeres, é muito comum ligarmos as luzes apenas por esquecer de abrir as cortinas, então procure analisar esses momentos para mudar isso e sempre aproveitar a luz natural quando ela está disponível.
E então?
Como você viu ao longo do conteúdo, as dicas que apresentamos para economizar energia elétrica não são nenhuma novidade, mas podem e vão fazer a diferença depois de um tempo.
Esses pequenos cuidados e ajustes são essenciais para reduzir a conta e também contribuem para o meio ambiente.
Qual das dicas que pontuamos você colocará em prática hoje? Continue acompanhando nosso blog para ficar por dentro de outros assuntos sobre casa e construção!
