A decoração da casa de praia exige atenção especial, já que o objetivo geralmente é criar um espaço que ofereça conforto, tranquilidade e relaxamento.
Escolher os móveis, objetos, cores, texturas e tecidos certos é fundamental para transformar esse ambiente em um local acolhedor e cheio de boas energias.
Para garantir que os cômodos despertem as melhores sensações e proporcionem momentos inesquecíveis, é essencial evitar alguns erros comuns na decoração.
Nesse sentido, continue a leitura e descubra como decorar sua casa de praia com bom gosto e de maneira única!
1° erro na decoração da casa de praia: ter sofás ao ar livre sem proteção adequada
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Na decoração da casa de praia, seja em uma área de descanso próxima à piscina com poltronas e espreguiçadeiras ou em um cantinho de leitura com sofá, é essencial que os móveis sejam feitos com materiais resistentes ao sol, chuva e calor.
A impermeabilização é só um dos processos que aumentam a durabilidade dos tecidos, mas basicamente ela impede que a água ou outros líquidos penetrem no estofado.
Além dela, é fundamental optar por tecidos adequados para a área externa, como o Sunbrella, Olefin e Poliéster Revestido, conforme pontuado no blog Sofá na Caixa.
Os tecidos acrílicos e náuticos também são ótimas opções para os estofados externos da casa de praia. De acordo com matéria publicada no site NSC Total, “[…] o 100% acrílico deixa a espuma do móvel respirar. Os tecidos desse tipo são mais laváveis e não desbotam.”
Além desses, segundo informações do Clube Duratex, os tecidos sintéticos e o vinil são eficientes e resistentes ao desbotamento causado pelo sol, pois geralmente tem estabilizadores UV e repelem a água.
Já o acquablock, é impermeável, com resistência aos raios solares e a manchas, sendo um dos mais conhecidos para móveis externos.
Em relação ao material da estrutura do sofá, prefira os modelos fabricados em alumínio, acrílico ou madeira.
As estruturas de acrílico ou alumínio podem receber pintura eletrostática para terem maior resistência, enquanto as opções de madeira demandam tratamento com resina e verniz, além de manutenção periódica para preservar sua beleza e integridade.
Entre as madeiras mais resistentes para utilizar na parte externa da casa estão a teca, cumaru, e ipê. Porém, mesmo que sejam fortes por suas características, é essencial aplicar um verniz ou material de proteção para agregar ainda mais na durabilidade do material.
E dentro de casa?
As características do tecido para área externa não precisam ser consideradas para ambientes internos, já que as condições climáticas não os impactam.
Porém, como é um local onde as pessoas se molham e podem trazer areia da praia, optar por um tecido mais forte e impermeável é interessante.
Nesse sentido, os tecidos de sarja e linho são boas escolhas, mas no mercado existem outras opções, além deles, que se adequam bem a essa demanda, garantindo uma peça durável e prática de manter.
2° erro: investir na iluminação externa com baixa proteção IP
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Como as lâmpadas e luminárias ficam expostas às condições climáticas como o calor, o sol e a chuva, não é recomendado instalar modelos simples, ou seja, os mesmos que você usará na decoração interna da casa de praia.
É necessário que essas peças contem com uma proteção, contra poeira e água, para serem duráveis e aguentarem o dia a dia no jardim. E para isso, um alto Índice de Proteção (IP) é fundamental.
O Índice de Proteção (IP) é um padrão internacional definido pela IEC (Internation Electrotechnica Commission) para classificar e avaliar o grau de proteção fornecido pelos invólucros contra a entrada de poeira e água, em ambientes internos e externos, detalhado na IEC 60529.
No caso da iluminação externa, essa informação é ainda mais relevante, pois te ajuda a identificar se uma luminária pode ou não ser utilizada em um determinado local.
No Índice de Proteção (IP), o primeiro número corresponde ao grau de proteção contra objetos sólidos e o segundo número corresponde ao grau de proteção contra líquidos. Sendo que a classificação vai de 0 a 6 no primeiro número e de 0 a 9 no segundo número.
Primeiro número — Proteção contra sólidos
0 – Não protegido
1 – Protegido contra objetos sólidos estranhos de ⌀ 50 mm e maior
2 – Protegido contra objetos sólidos estranhos de ⌀ 12,5 mm e maior
3 – Protegido contra objetos sólidos estranhos de ⌀ 2,5 mm e maior
4 – Protegido contra objetos sólidos estranhos de ⌀ 1,0 mm e maior
5 – Protegido contra poeira
6 – Totalmente protegido contra poeira.
Segundo número — Proteção contra líquidos
0 – Não protegido
1 – Protegido contra gotas d’água caindo verticalmente
2 – Protegido contra queda de gotas d’água caindo verticalmente quando o invólucro é inclinado até 15°
3 – Protegido contra aspersão de água
4 – Protegido contra projeção de água
5 – Protegido contra jatos d’água
6 – Protegido contra jatos potentes d’água
7 – Protegido contra efeitos de imersão temporária em água
8 – Protegido contra os efeitos de imersão contínua em água
9 – Protegido contra jatos d’água com alta pressão e alta temperatura.
Nesse sentido, você precisa analisar o espaço onde cada peça de iluminação será instalada, ou seja, à quanta poeira e água ela será exposta, para então, escolher modelos com o Índice de Proteção adequado.
3° erro: optar por móveis fechados
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A praia é um ambiente com muita umidade e maresia, então é essencial escolher móveis que permitam que roupas e alimentos possam“respirar”, ou seja, tenham contato com o ar.
Nesse sentido, é interessante investir em armários para a cozinha e guarda-roupas com portas de treliça, tela de rattan, palinha ou outros tipos de materiais naturais que possibilitam algum tipo de ventilação.
E se esse investimento não for viável para você, uma solução simples é optar por estantes abertas, apenas com as prateleiras, ou araras, assim as roupas e objetos não ficam confinados em armários, correndo o risco de adquirir um cheiro desagradável e/ou mofo.
4° erro: utilizar luz intensa em todos os cômodos
Luzes brancas intensas não combinam em nada com o clima praiano. É claro que alguns espaços como a cozinha, por exemplo, necessitam de uma luz com uma aparência mais branca, por conta das atividades, como cortar e cozinhar alimentos.
Entretanto, todos os outros ambientes da casa de praia podem ser aproveitados ainda mais com uma luz quente, intimista, confortável aos olhos e ao nosso organismo. Mas, como comprar corretamente?
A temperatura de cor se refere à aparência da cor produzida por uma fonte de iluminação, expressa na escala Kelvin (K). Essa escala, proposta pelo físico irlandês Lord Kelvin em 1864, mede a tonalidade da luz emitida por uma lâmpada, sendo classificada em três categorias:
- Luz quente (amarela): 2700K até 3500K
- Luz neutra: 4000K até 5500K
- Luz fria (branca): 5500k até 6500K.
Quanto menor a temperatura de cor, mais quente é a luz; quanto maior, mais fria.
É essa informação, a temperatura da cor em Kelvin (K), que estará descrita na embalagem ou nas especificações da lâmpada/luminária e que você precisa avaliar antes de comprar.
Nossa dica é que, na cozinha, você aposte em uma luminária com temperatura de cor neutra (4000K até 5500K) e, nos demais locais, use a luz quente (2700K até 3500K).
Durante o dia, deixe que a luz natural proporcione todo o conforto e relaxamento que você precisa para aproveitar a casa de praia como deve ser.
5° erro: usar madeira sem ser tratada
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A madeira é um dos materiais que mais faz sentido na decoração da casa de praia, pois ela carrega consigo esse ar rústico, ao mesmo tempo que é moderna e garante conforto e aconchego para os espaços.
Contudo, um erro muito comum é utilizá-la tanto na estrutura, quanto em móveis e objetos de decoração sem realizar nenhum tratamento para protegê-la da maresia, umidade, bichos, etc, principalmente no uso externo.
Nesse sentido, o primeiro passo é optar por madeiras fortes, de ótima qualidade, como teca, cumaru e ipê, indicadas para esse ambiente. Depois, é fundamental investir no tratamento das peças em madeira, para que elas fiquem ainda mais fortes.
De acordo com informações de uma matéria do NSC Total, a arquiteta Jéssica Duarte menciona que “[…] no caso das madeiras, as mais resistentes exigem um tratamento especial com resina ou verniz. Esse tipo de proteção requer manutenção periódica, pois não adianta somente escolher a madeira com melhor qualidade e esquecer a proteção mais tarde.”
Dessa forma, vale a pena tratar a madeira e realizar uma manutenção periódica para ter uma estrutura e peças que durem muito tempo.
6° erro: decorar com cores escuras
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Na praia, o céu e o mar são azuis e a areia tem tons pastéis. Para continuar nessa proposta que a própria natureza oferece, você deve evitar cores escuras na decoração da casa de praia.
Cores escuras, além de diminuírem a luminosidade dos espaços, são pesadas visualmente e não se conectam com as sensações almejadas para esse local, como harmonia, descanso, tranquilidade, etc.
Nesse sentido, nas paredes e tetos, o branco e/ou off-white são ótimas opções, pois favorecem a luminosidade dos cômodos e garantem a sensação de frescor.
Já as cores bege e areia, estão relacionadas a um estilo mais confortável e natural, combinando perfeitamente com materiais como a madeira e fibras naturais.
Mas, pode utilizar azul e verde? Pode sim! Azul-claro, azul-turquesa e verde-água lembram o mar, o céu e a natureza, então fazem muito sentido na decoração.
Claro que você não pintará todas as paredes com essas cores, mas você pode explorar a criatividade e fazer um detalhe em uma parede, pintar uma parede da sala, meia parede no quarto, etc.
Em relação ao tipo da tinta, uma ótima escolha são as tintas acrílicas anti-mofo.
Conforme informações do site A Gazeta, “[…] a tinta acrílica é solúvel em água e pode ser usada tanto em camadas finas, quanto mais espessas. Ela tem os seguintes acabamentos disponíveis: fosco, acetinado e semibrilho. Sua principal característica é a resistência à umidade. A secagem é super rápida, o que facilita a pintura de ambientes internos.”
E sim, você pode utilizar cores escuras, mas deixe-as para objetos de decoração e peças pequenas. Como serão pontuais pelos espaços, atuarão como pontos de cor em meio a suavidade das outras cores predominantes.
7° erro: apostar em muitos elementos decorativos praianos
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Conchas, estrelas do mar, remos de madeira, peixes de gesso ou argila. Todos esses elementos decorativos são lindos, porém, quando usados em excesso podem deixar a decoração da casa de praia carregada e, um tanto quanto, ultrapassada.
Nesse sentido, se você gosta desses itens e acredita que eles podem agregar na decoração da sua casa de praia, você pode e deve utilizar, porém, faça escolhas pontuais.
Opte por um quadro de mar na sala, remos na parede próximo à porta de entrada, conchas em um vaso na mesa da cozinha e peixes de gesso na parede do banheiro, por exemplo.
Analise cada cômodo e insira uma ou duas peças que remetam à praia, mas não polua o visual desses espaços com muitos elementos praianos.
8° erro: usar cortinas grossas e escuras
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A brisa do mar e o sol, com certeza vale a pena aproveitá-los ao máximo, principalmente se você só utiliza a casa da praia na temporada.
Dessa forma, evite cortinas grossas e escuras pela casa. Como é um espaço de leveza, natureza, tranquilidade, saiba que até mesmo as cortinas podem contribuir ou atrapalhar isso, dependendo da cor e tecido.
Então, para desfrutar dos ambientes e deixar a luz natural entrar, aposte em cortinas leves e fluídas, com cores claras e de tecidos como o voil ou o linho. Eles são ótimos para esse tipo de local, pois são leves e garantem um visual aconchegante e limpo para a casa de praia.
E então?
Como você viu, os erros comuns na decoração da casa de praia podem ser facilmente resolvidos, basta avaliar, dentre as sugestões, o que faz sentido para a sua decoração e o seu estilo.
Esperamos que essas dicas que pontuamos te ajudem a decorar a sua casa na praia com qualidade, durabilidade e beleza!
E se você quer entender mais sobre a temperatura de cor, não deixe de conferir nosso blog post sobre Temperatura de cor: saiba o que é e sua importância na iluminação.
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